terça-feira, 9 de outubro de 2012

Primeiro Leilão de Energia Solar

Bioenergy consegue vender energia solar no mercado livre e erguerá usina na Bahia
Ainda assim, empresa diz que consumidor não está preparado para pagar mais caro por energia limpa

Painéis Fotovoltáicos
Por
Wagner Freire
A Bioenergy conseguiu abrir as portas para a comercialização da energia solar fotovoltaica no ambiente de contratação livre (ACL). Em um certame inédito, realizado no último dia 7 de agosto, a empresa vendeu em torno de 2,5MWh solares, que viabilizarão a construção de uma usina na Bahia. Os contratos firmados foram assinados na semana seguinte ao leilão.


"Foi o primeiro leilão solar do mercado brasileiro e o resultado foi positivo", comemora Sérgio Marques, presidente da empresa. Agora, a Bioenergy prevê investir entre R$20 milhões e R$22 milhões para erguer um empreendimento de 3MW no município de Bom Jesus da Lapa, na Bahia, distante 800 quilômetros da capital Salvador. Até o final de agosto, serão definidos tecnologia e fornecedor dos equipamentos.

Marques conta que os compradores são principalmente empresas que acabaram de migrar para o ambiente livre porque sentiam que pagavam tarifas muito altas no mercado cativo. "Não tivemos muitas propostas, mas foi o suficiente", resume o executivo. Segundo ele, a energia solar foi comercializada pouco acima do preço piso do edital, que era de R$ 250 por MWh.

Perguntado se mercado está maduro suficiente para pagar mais caro por uma geração limpa, como é a energia solar, Marques foi categórico. "Não. Ainda são ações isoladas de algumas instituições vanguardistas. O mercado não está preparado, mas deveria."

Além da energia solar, a Bioenergy comercializou outros 10MWh eólicos, a um preço médio de R$ 120 por MWh.
(Fonte: Jornal da Energia)
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Nosso Comentário
Se comparado aos custos médios de aquisição de energia elétrica informados na postagem de ontem, o preço piso do edital já continha um ágio extraordinário, principalmente, porque o leilão em tela foi realizado em agosto. Sobre o piso, a empresa ainda conseguiu superar o ágio imposto. Surpreendente, mesmo considerando que a entrega é para o mercado Nordeste.
Entende-se, assim, o "despreparo" do mercado para pagar mais caro por uma energia limpa.
Contudo, o avanço da tecnologia, tanto para a geração solar quanto para a geração eólica, e a produção em maior escala, certamente levarão os preços a patamares mais baixos.
Energia limpa é uma caminho sem volta e precisa ser incentivada.

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